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sexta-feira, 27 de julho de 2012

MEU PEDIDO


Desenganado pelo amor da minha vida,
Não encontrava saída,
Meu desejo era morrer.
Quanta amargura cabe no peito de um homem!
Magoado, triste e sem fome,
Fui pro boteco beber.

Chegando lá, aumentou minha agonia,
Eu pensei que não podia
Sofrer mais do que sofri,
Mas, esse fato me feriu profundamente:
Vi a ingrata contente
Bebendo e rindo de mim.

Pretensiosos rodeavam sua mesa,
Aumentou minha tristeza,
Me tornei um sofredor...
Saí andando para amenizar meu tédio,
Mas, não encontrei remédio
Que curasse aquela dor.

E lá no banco da praça adormeci,
(Vejam quanto que sofri,
Por amar quem não me quis!)
O sol nasceu, não me deixou perder a hora,
Mas, a dor não ia embora,
Então fui lá pra Matriz...:

Entrei na igreja com o coração morrendo,
Mas, o que eu fiquei sabendo
Aumentou meu sofrimento:
É que o padre estava meio ocupado,
Ela e seu novo amado
Marcavam o casamento...

Ajoelhei em frente ao altar sagrado,
Com o coração quebrado
E os olhos marejando,
Pedi a Deus: Me leve por favor,
Não resisto a tanta dor,
No mundo, eu estou sobrando.

Este poema foi publicado pela SPJ. (Sociedade dos Poetas Jandaienses), no livro "A poesia e o pensar coletivo" em 2006.
Imagem: Google
Autor: José Marcos Pinto (Bicho do Mato)

Um comentário:

  1. Muito bom...! Rimas perfeitas, mas que tristeza que é sentir tanta dor a ponto de querer morrer. Acho que todo ser humano passa por isso. Pelo jeito o Blog é novinho em "folha" rss. Claro que vou seguir, com muito prazer.
    Beijo.

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